Tabelas apresentam os dados, quadro as ideias.
As tabelas facilitam a análise tanto dos dados financeiros, estatísticos como do desempenho de um órgão ou programa.
A maioria dos dados seriados, quantitativos ou variáveis pode ser organizada em tabelas. Atualmente, porém, há clara preferência pelo uso de gráficos, pois as representações visuais são geralmente mais acessíveis a uma vasta gama de leitores e permitem a visualização concreta da informação e sua compreensão.
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Existem milhares de formatos de tabelas, mas sempre são necessárias a revisão e a formatação profissional. |
Convém refletir sobre se as tabelas compiladas ao longo da pesquisa devem ser incluídas no texto em sua forma original, divididas em conjuntos menores de informação ou, ainda, representadas por meio de tabela, gráfico ou mapa.
Exibir dados na forma de tabela é útil se ao menos uma (preferivelmente duas) das seguintes circunstâncias for(em) observada(s):
os leitores devem poder ler valores numéricos precisos, que seriam indicados de modo vago em um gráfico; deve ser aplicado o critério “o que os leitores precisam saber”: as tabelas são úteis quando valores específicos precisam ser exibidos ou quando pequenas variações nos resultados precisam ser realçadas;
- os dados exibidos apresentam variações acentuadas, com valores muito altos ou muito baixos que não podem ser exibidos adequadamente em um gráfico (p. ex., os valores e mínimo do desempenho de um órgão ou programa em certo exercício podem gerar um gráfico cuja escala não permite aos leitores discernir quaisquer diferenças nos valores dos demais exercícios, diferentemente do que ocorre em uma tabela);
- o montante de dados a ser apresentado é reduzido;
- os dados precisam ser examinados comparativamente, abrangendo diferentes tipos de números ou índices (p. ex., o desempenho de um órgão ou programa pode ser avaliado com base em diferentes indicadores ao longo do tempo);
- o objetivo for exibir dados primários ou mostrar como índices ou estatísticas foram obtidos.
Texto adaptado de: TCU, Técnicas de Apresentação de Dados
Exemplo de tabela:
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Cada texto tem uma finalidade específica e deve ser revisado em função daquele objetivo. Assim é nas teses e dissertações. |
A inserção de tabelas pequenas no texto principal não é grande problema, mas elas devem conter pelo menos duas linhas e duas colunas para que sua apresentação como figura separada seja plenamente justificável.
A inclusão de tabelas grandes (i.e., com mais de seis linhas ou colunas) no texto principal do relatório, por sua vez, apresenta problemas. Deve-se avaliar criticamente a complexidade global dos dados. Uma tabela que mostra, p. ex., o desempenho de doze unidades regionais de um órgão por meio de um indicador único é perfeitamente aceitável. Contudo, inserir mais colunas, com dados baseados em padrões distintos, poderia tornar essa tabela demasiado complexa. Se uma tabela ficar muito extensa, pode-se dividi-la em duas ou mais tabelas menores e mais simples ou transformá-la em um anexo, com seus principais resultados sendo inseridos no texto principal por intermédio de uma figura ou de uma tabela menor.
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Convém evitar que os anexos se multipliquem apenas para que as tabelas grandes sejam incluídas no texto, pois isso pode alterar o equilíbrio entre o texto principal e o conjunto de dados nos anexos. O material suplementar deve ser agrupado em alguns anexos, cada qual com um claro propósito (p. ex., caso haja várias tabelas grandes para incluir no relatório, pode-se criar um anexo único para abrangê-las, atribuindo-se um número próprio a cada uma).
Visualmente, é importante que os dados de uma tabela sejam exibidos de um modo tão legível quanto possível. Não se deve estender ou alargar uma tabela com apenas algumas colunas de modo que ela ocupe toda a largura do texto ou da página, com grandes espaços em branco entre as colunas. Semelhante artifício não torna o trabalho mais agradável esteticamente, mas apenas torna mais difícil para os leitores perceber quais números pertencem a qual linha.
Em uma longa sequência de linhas, convém quebrar as linhas em grupos menores, com quatro ou cinco linhas, separados por linhas em branco ou usando cores-de-fundo diferentes para cada grupo. Alternativamente, pode-se usar cores distintas para assinalar as linhas intermediárias e as linhas correspondentes aos quartis superior e inferior (i.e., as linhas que delimitam o limite inferior dos 25% iniciais das linhas e o limite superior dos 25% finais). Ademais, pode-se usar o negrito ou cores diferentes para indicar linhas com totais e subtotais.
Quadros organizam ideias
A função dos quadros e de outros elementos gráficos, diferentemente das tabelas, é organizar as ideias e apresentá-las de forma analítica e que possibilita a compreensão e a assimilação dos elementos apresentados. Não há normas específicas quanto a apresentação e disposição desses elementos ilustrativos; seu uso se subordina à informação apresentada junto ao texto.
Exemplo de quadro sinóptico:
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